Emponchado cruzo a pampa no rosilho rabicano
Toso de quem vem chegando, dos pagos buenos de haya
Na trama do bichara, trago alegrias e penas
E em cantigas da chilena alpejo meu andejar..
Boca da noite, viernes santo, venho campeando o rancho
Depois de uma safra espichada e encurtando uma estrada
Por saber cortava campo...
Noite clara viernes santo, o rosilho em passo manso
Minh'alma rastro de luz me topei com campo e cruz
Bem as espaldas de um rancho...me topei com campo e cruz
Talvez por andar distante a alguma légua das casas
Venho de alma minguada, sovada da encimera
Mirando a cruz de madeira minha'alma foi terra adentro
Até encontrar o alento e outra alma de frontera
Me vi sol, lua e estrela num repente
Mistura de terra e gente, no quadro da sepultura
Onde resorja uma figura em um solo diferente
Taloriei num derepente, pois minh'alma certamente
Deixou um lume de luz , viernes santo campo e cruz
Nos olhos de quem sente...viernes santo campo e cruz
Boca da noite viernes santo, me topei com campo e cruz.