Desço do metrô, ônibus lotado,
O corpo suado olhos fixos no chão
vidas, sentimentos sendo ignorados,
Em cada outdoor um fragmento de ilusão
Os dias vão e vêm, vidas se esvaindo,
Cotidiano e a inércia irmanados
Todos os seus sonhos, lutas e projetos
Apenas produtos dentro de um grande mercado
ÔÔÔÔ VIDA URBANA (2X)
Abro o jornal, ligo a TV,
E me dou conta que minha realidade
Não é a do mundo dos avanços da ciência
Não é a do mundo do amor e igualdade
Um soco no ar, um copo de cerveja,
Remoendo o sentimento de revolta
Troca de idéias, solidariedade,
Instrumentos na procura de respostas
ÔÔÔÔ VIDA URBANA (2X)
Fugaz e efêmero, instantâneo e vazio
Talvez seja isso que chamam modernidade
Frio e ilusório, individualista,
Talvez seja aí que se gere a desigualdade
Talvez seja tarde pra buscar novos caminhos,
Talvez seja tarde pra dormir nesta cidade! (Repete estrofe 2X)