Lembro bem do arvoredo
Que bem cedo o sabiá
Vinha me cantar mais um segredo
Que botava em pé o meu cabelo
Meu espanto além do espanto
Lembro bem do quanto te amei
Da lua quieta sobre as pétalas
O chão de pétalas do caramanchão
O quanto errei com as mãos
As casas dos botões do seu vestido
Lembro ainda
E ouço aquele grito
Que era um pouco do meu grito
A senha da paixão pelo infinito