As cordas sovadas sobre o cavalete
De um índio ginete que quebra o queixo
Do potro mais xucro que vem da invernada
De cola ouriçada aos coices e relinchos.
Um palanque bem firme que escora a peixada
Da forte potrada que vem bandeando,
Pois na corda espichada se rendem aos berros
Pra o tinir dos ferros que estão esperando.
Bocal apertado, primeiro galope,
Aos tombos e golpe um aprende com outro.
De um lado a coragem que guarda o segredo,
Do outro o medo sestroso de um potro.
O taura se agarra e pede pra sorte
Que o fiador da morte não ande por perto.
Quem vive da doma se entrega pra lida
Porque o tombo da vida não tem dia certo.
E esta é a sina, domador e doma,
Dos golpes que toma no oficio que tem
De montar os malinos, torreando o perigo,
Fazendo outro amigo pra os dias que vem.