Absurdo sacrário
Violei o teu absurdo sacrário
Pisei descalço sobre os teus totens
Plantei joio nos jardins do teu éden
Gargalhei em vão do teu nome pífio
Trinquei a sinagoga da tua ignorância
Desarquitetei a tua cúpula de horrores
Incinerei o teu nobre poema divino
Calei tua infértil voz trepidante
Arranhei os discos do teu louvor
Regurgitei verde o teu rubro vinho
Desafinei teu tosco alegre alaúde
Maculei a pureza da tua virgem mãe