Na terra de Adoniran
O samba não vai até de manhã
Por que até o malandro trabalha lá
A garoa e o arranha-céu
Não foram berço do grande Noel
De Sinhô, de Candeia ou Ismael
Mas nem por isso
O samba morreu por lá
Tão bela a torre de Babel
Que se não alcança o céu
Por outro lado abre os braços
Pra quem chega lá
E é por isso
Que o samba não morreu por lá
Como pôde o poeta não se encantar
O poeta Às vezes se engana
O alforriado e a italiana
O poeta às vezes se engana
Carnaval em Vila Esperança
O poeta às vezes se engana
Rua do samba que a todos encanta
O poeta às vezes se engana
Um velho engano hoje virou samba
Ah se o poeta pudesse escutar