As marcas do meu povo estão em mim
São chagas no meu corpo desterrado
Mus pés estão sangrando nas estradas
Em busca do meu povo mutilado
Sou índio mas ainda não sou gente
O branco não respeita meus domínios
O futuro desta raça que é meu povo
É sangue é dor fatal é extermínio
A voz de Tiarajú ainda resoa
Nos campos missioneiros com entono
Bradando por meu povo perseguido
A terra é do índio que é seu dono
Meu canto é um lamento dolorido
Por mim e pelo povo das missões
Só quero a natureza mãe que tenho
Dependo até das suas provisões
Procuro para o bem deste meu povo
Espaço liberdade e quero ter
As flores o céu azul as águas claras
Pra raça em sangue e nome não morrer
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