Estou preso em meus pensamentos, lembranças e decepções.
Caminhando, passos lentos, estou sem direção.
Meus pés encontram sempre meu passado. Sei que fiz algo errado.
E as marcas que hoje trago em meu peito vêm tentando me provar.
Me refugio no revoar dos pássaros, no bailar das palhas dos cocais.
Mas nas águas meu rosto inda está a chorar.
Meu coração magoado foi e sem perceber eu me entreguei a uma ilusão. Pensei que o amor fosse preencher meu vazio. Mas o que é o amor senão uma flor desabrochando a espera da chuva.
O sofrimento ruje em meu leito. Ouço risos, sussurro vulgar.
Somente as paredes do meu quarto não estão a me julgar.
Pela estrada vão ficando os rastros dos laços rompidos e em pedaços, mas sei que um dia vou me encontrar.
Meu coração magoado foi e sem perceber eu me entreguei a uma ilusão. Pensei que o amor fosse preencher meu vazio. Mas o que é o amor senão uma flor desabrochando a espera da chuva.