Dobro o rodo e passo a régua
E quem tentar me derrubar
Homem que quer ver meu fim ta caçando
Sarna pra se coçar
Pra nascer outro igual eu
Vai tempo sei que demora
Porque quando Deus me fez ele jogou a receita fora
Sou um caboclinho esperto
E não tem nada que me dobra
Já passei desodorante ate no suvaco de cobra
Cortei orelha de sapo no fio do meu canivete
Derrubei um avião
Com um estilingue e um chiclete
Eu enfrento onça no tapa
E mato boi no pescoção
Dou rasteira em serpente
Faço barba de leão
Travesso mar no nado
Seguro raio na mão
Eu já desmatei serrado com faca de corta pão
Joguei lagarta pra cima no ar virou borboleta
Os versos desse pagode
Só sai da minha caneta
Eu vou falar a verdade pois mentira não adianta
Pra poder cantar pagode tem ter peito e muita garganta
Pra fazer o que eu faço só Deus que ta lá no céu
Quem provar que eu estou mentindo pra ele eu tiro o chapéu