Já era, eu morri! Agora eu canto no cemitério
Sim, eu morri! Nem mesmo morto eu me levo a sério
Boto pra foder, faço a caveira tremer
Virei presunto! Dentro da cova eu me sinto bem
Sou um defunto! Só as paredes do caixão me ouvem
Boto pra quebrar, faço o cadáver ressuscitar
Danço e mexo o esqueleto
No swing do balanço do fêmur
Movo freneticamente o púbis
Na sincronia da putrefação
Não consigo ficar parado
Minha marcha fúnebre é blues
Perdi a vida! Sinto o perfume da carne podre
Virei carniça! Meu verme de estimação me come
Boto pra detonar, faço o finado acordar
Danço e agito o esqueleto
No ritmo do embalo dos ossos
Movimento irresistível dos órgãos
Na harmonia da decomposição
É impossível ficar estático
Minha marcha fúnebre é blues