O peso da decisão, da escolha definitiva cai sobre mim
A dor por ter frustrado as suas expectativas cai sobre mim
Um desafio à minha boa intenção, ao meu poder de cicatrização
Quando o cansaço em sua expressão mais abatida cai sobre mim
Rotineira tortura, torturante rotina - me falta o ar
E eu me convenço que esse não sou eu
Só uma fraqueza que me acometeu
Mas há um bloqueio intransponível em mim
Que eu não posso ignorar, que eu não posso ocultar
Mas vai passar, isso há de passar
Isso há de passar, isso há de passar
O vulto feminino, a prece atendida veio até mim
Numa aparição rápida e inconclusiva, mas veio até mim
Sem esforço, me ergueu do chão
Pôs em disparada o meu coração
A paixão que inflama e que devolve a vida cai sobre mim
O fogo persistente, a ingênua teimosia - me falta o ar
E eu me convenço que esse não sou eu
Só uma loucura que me acometeu
Mas há um bloqueio intransponível em mim
Que eu não posso ignorar, que eu não posso ocultar
Mas vai passar, isso há de passar
Isso há de passar, isso há de passar
São palavras que eu nem meço
Escoando pelo meu peito aberto
Tudo que eu tenho é o sonho em que eu tanto insisti
Em que eu tanto insisti
A contragosto, eu me despeço
Seguindo o meu caminho incerto
Tudo que eu tenho é o sonho em que eu quis te incluir
Então vem, sim
Diz que sim
Diz que não
Vai abrir mão
De mim