Em um negócio de herança, eu comprei o meu quinhão.
Terra nua, sem divisa, na margem de um ribeirão.
O vizinho ficou com a sede, casarão e rego d'água.
Na hora de passar a cerca, muita briga e muita mágoa.
Arranjei Advogado, tentando uma conciliação.
Um acordo sem documento, complicou a situação.
Comecei a fazer a minha cerca, ele disse: você tá
roubando.
Os anos se passaram e o litígio continuando.
(Refrão) Põe a cerca, tira a cerca, partilha
indefinida, sem um acordo assinado, não achamos a
saida.
Põe a cerca, tira a cerca, só entriga e confusão, não
acaba a amargura, se não tem a escritura do meu e do
seu quinhão.
bis...
Mas o mundo dá muitas voltas, vem o tempo do castigo.
O meu filho de noivado, com a filha do inimigo.
Mas família é desse jeito, vive em paz e confusão.
O vizinho fez a sua cerca, ainda aprovou a união.