Peguei um saco enfiei dentro de outro saco
Pra poder roubar um saco cheinho de melância
Um saco fraco e outro saco virou trapo
Esparramou tudo no chão parei na delegacia
O delegado mandou eu costurar o saco
Me pois dentro dos dois sacos pras piranhas me jogou
A piranhada com a fome desgraçada
Rancou tudo na dentada, nem o saco meu sobrou
Desse jeito assim não dá, vou consurtá
O saravá
Um certo dia lá na beira do caminho
Fui fazer um servicinho, veja só o que aconteceu
Minha atrapaiada, peguei uma foia errada
Que foinha desgraçada, só se vendo como ardeu
Corri pra casa numa louca disparada
Toquei muita água gelada
Tava frio ai que tortura
Chegou a noite tive que dormir de pé
Ainda longe da mulher com o corpo cheio de frescura
Ai meu Deus, que frio na barriga
Se vejo falar, na foinha da urtiga
Fui na farmácia pra tomar uma injeção
A farmácia que entrei era de um tal de Bernardão
Mostrei o braço e ele me acenou que não
E falou no meu ouvido, é mais embaixo meu irmão
Entrei pra dentro e quando passei o barcão
Ele já tava esperando com o negócio na mão
Com algodão ele fez infrecção
Interrou aquela agulha que doeu no coração
Fiquei magro e só jururú de lembrar aquele dia
E eu só tomei no zóio