África, Luxemburgo
tô no rumo de saber
Qual a tez do mundo
Na pisada de fé
No passo do afoxé
Quiçá ter um ventre colorido
Pra parir toda cor
Fazer nascer nega fulo
Na barriga de qualquer albino
África, Luxemburgo
tô no rumo de fazer valer
A cor da vida
Nas misturas de raças
Há poucas magias
Grande mundo encardido
Entendendo tanta dor
Eu rezo pro senhor
Quero ficar menino
África, Luxemburgo,
tô no pique de marcar
A hora certa
África, Luxemburgo
tô cansado de curar
A dor sem trato
Madeira, mimério, sal,
Florete, peso, austral,
Franco, falso, real,
Quanto cinismo!
África, Luxemburgo
tô querendo descobrir
A sintonia, o ritmo, a harmonia....