Eu sou um pobre menino rico
De uma migalha de liberdade
Eu sou metade de uma vida
Eu sou o resto de uma saudade
Eu sou o filho da natureza
Eu sou o caminho dos mais errantes
Sou o perdão dos arrependidos
Sou as lições dos ignorantes
Eu sou a cruz de um triste calvário
Aonde todos fazem orações
Sou uma estrela no infinito
Eu sou a luz na escuridão
Estou no sorriso inocente
Eu sou o filho que não tem pai
Eu sou o dom do grande universo
Eu sou aquela nuvem que vai
Eu sou a voz que não emudece
Que esclarece toda fraqueza
Eu sou o verde das matas virgens
Eu sou o ouro e sou a pobreza
Eu sou os rios de águas correntes
Sou oceano, mar de maré
Sou a verdade de toda história
Filho do homem de Nazaré