Estava num charco de lodo
Atolado em um lamaçal
Um pântano, um mangue
Por todos os lados, raízes e troncos
Entrelaçados como um labirinto
Prontos pra me sufocar
Quando sem esperanças
Encontrei as águas de um rio
Onde me joguei e nadei
Com todas as minhas forças
Depois foi que percebi
Quão barrento era o rio
Quão escuras suas águas
No meu último esforço,
Avistei no horizonte o mar
E por mais que eu nadasse,
Parecia não me mover
O desespero me alcançou
Oh Deus, o que eu vou fazer?
Senti então, uma presença estranha
A nadar por baixo de mim
O seu intento era me devorar
Não posso parar de nadar
Oh, Jesus, vem me ajudar
Perto sei que está o mar
Perto está o mar!