(Nesse mundo irmão, ainda existem rosas)
Nesse asfalto frio, eu vejo rosas
Em meio à esse vazio, eu vejo rosas
Nos espinhos da vida rigorosa
Escalo o caule, subo ao topo e lá, eu vejo rosas
Nascemos num jardim cinzento, de asfalto
Pensando alto, sem pensar em começar de baixo
Só acho, que a princípio seria um passo e não um salto
Que traria, os mais belos frutos do cacho.
Cabisbaixos seres, na brusca busca do pleno
Ébrios no veneno de pensar no próprio terreno
Não tá vendo, o semelhante que pede sustento
Cede lamento, e o sofrimento enrijece o cimento.
Egoísmo, sem altruísmo, a cética nação
Quer viver, sem erguer o fio que nos conecta
Intercepta ligações e ainda almeja o néctar
Irmão, cada face é mais áspera que esse chão.
(Sem grama, no drama desse teatro do mundo
Devastando flores, essa é a nova era.)
Felizmente, nada detém a primavera
As cortinas cessam, e revelam o elenco imundo.
Nesse asfalto frio, eu vejo rosas
Em meio à esse vazio, eu vejo rosas
Nos espinhos da vida rigorosa
Escalo o caule, subo ao topo e lá, eu vejo rosas.
Podemos mudar, e agregar nossas virtudes
As flores futuras são as sementes atuais
Compreende? Então basta correr atrás
É hoje, durma com planos e acorde com atitudes.
(Em cada pétala, a meta é lá, basta escalar
A vida é um caule de espinhos para enfrentar.)
No caminho, encontrará charmosas rosas
Ame-as, não domine-as, e se manterão viçosas.
Com vigor, sem crise, entenda suas diretrizes
É no amor, que o coração cria raízes
Compostos somos, por dores e amores
E mesmo se tudo fossem rosas, há quem não goste de flores.
(Da raiz que tudo vem.)
Entenda a dor.
(Da raiz que tudo vem.)
Regue o amor.
(Siga bem além.)
A esperança é poderosa.
(Cultive o bem.)
E encontrará as rosas
Nesse asfalto frio, eu vejo rosas
Em meio à esse vazio, eu vejo rosas
Nos espinhos da vida rigorosa
Escalo o caule, subo ao topo e lá, eu vejo rosas.