E pinga a tinta que inicia a obra, de um poeta
Com a caneta onde a ponta aponta um conselho.
Inquieto me aquieto enquanto a mão arquiteta
Escrituras, que registram tudo que aconselho.
Escritor, com amor, sem poder, à crer
Que um dia, meus versos irão valer, a leitura
De quem perdura nessa vida dura (ó só)
Na aventura árdua do buscar da cura.
Entendo as entrelinhas, penso páginas, e escrevo linhas
É louco, dizer tudo escrevendo pouco
E mesmo que escreva devagarinho (jão)
Quando a carga é pesada a caneta rasga o pergaminho.
Século xxi, muitos clamam passar mensagens
Não vivem oque escrevem e não escrevem oque vivem
É bom lembrar: Escrituras são: Clone da alma.
Concepção que obtive e em meus versos não me contive.
(Porque quando eu escrevo mano, procuro colocar
Minha alma em cada escritura que faço ta ligado?)
As mazelas da vida, vem pra me atrasar
Mergulho em escrituras pra me libertar
Doutrina, conselho, reflexo do espelho
Da alma.
Aqui posso me encontrar.
Verso versátil visando um versar universal
Aqui me encontro, alguns também podem se encontrar
O caminho? A vida ensina, "nóis" num escapa, na moral
Não existe mapa "tru", você precisa procurar
Em si está, em si estar, a si amar, saber riscar
Quando me ouço, o coração dita o esboço.
É osso, ultrapassar cada etapa
Mas minha vida vida não é um livro onde o pó descansa na capa.
Entre flores e farpas, abraços e tapas
Da boca de cada matraca com a língua
Afiada que nem ponta de faca.
Virão insultos, e isso eu já pressinto
Goste ou não irmão. Eu só escrevo oque eu sinto.
Perdão, mas não me tornarei homem mudo
Do mesmo branco do nada, é da onde que surge tudo
E em escrituras trago, uma dica pra você
Quando um coração conta uma história, deviam parar pra ler
As mazelas da vida, vem pra me atrasar
Mergulho em escrituras pra me libertar
Doutrina, conselho, reflexo do espelho
Da alma.
Aqui posso me encontrar.