Outro dia entrei no ônibus e ele estava lotado
Todo mundo bem juntinho, todo mundo apertado
Uma mulher bem bonita ficou em pé do meu lado
E me pediu pra segurar o danado do balaio
Eu lhe disse se quiser bota o balaio no pé
E bota o balaio no pé... e mexe esse balaio
A viagem prosseguiu e eu fui logo me sentando
Mas não entendi porque ela foi se aproximando
Olhou bem nos meus olhos me pediu com muito jeito
Pra eu segurar o balaio aí eu respondi direito
Se quiser que eu segure bota aqui no meu joelho
E bota o balaio no joelho... e mexe esse balaio
Aí foi passando o tempo minha perna foi cansando
Meu joelho já doído e ela nem tava ligando
Até que eu me aborreci e disse pega aí o moça
Ela me disse espera aí deixa eu botar na sua coxa
E bota o balaio nas coxas... e mexe esse balaio
Depois de tanto reclamar um lugar apareceu
Para ela se sentar e era justo ao lado meu
Ela me pediu licença por favor deixa eu sentar
Eu lhe disse quer sentar bota o balaio no lugar
E bota o balaio no lugar... e mexe esse balaio
Já no fim da viagem eu queria perguntar
Mas só criei coragem na hora de saltar
E então quando eu desci eu perguntei pela janela
O que é que tem neste balaio e ela mostrou pra galera
E mostra o balaio pra galera... e veja a cara dela