Não há, ó gente, oh, não
Luar como este do sertão
Não há, ó gente, oh, não
Luar como este do sertão
A lua nasce por detrás da verde mata
Mas parece um sol de prata, prateando a imensidão
E a gente pega na viola e ponteia
E a canção é lua cheia, a nos nascer do coração
Não há, ó gente, oh, não
Mas como é lindo ver depois, por entre o mato
Deslizar calmo o regato, transparente como um véu
No leito azul das suas águas murmurando
E por sua vez roubando as estrelas lá do céu
Não há, ó gente, oh, não
Coisa mais bela neste mundo não existe
Do que ouvir um galo triste, no sertão se faz luar
Parece até a alma da lua que descamba
Escondida na garganta deste galo a soluçar
Não há, ó gente, oh, não
Ai que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão