Flor do cerrado rosa da China
Pobre menina da beira do cais
Tantas mulheres você se imagina
Com todas elas já sonhei demais
Ao sol da tarde sobre a colina
Amei a deusa dos canaviais
Na voz do rádio, no portão da usina
Cantei pra musa da blusa lilás
Nas tempestades e noites serenas
Essa morena ouviu minha voz
Na felicidade de um dia qualquer
Fiquei apaixonado por você
A bela da tarde, a grande mulher
A alegria com a vontade de viver
Mas toda verdade tem sempre um porquê
E tudo passa como passa o bem querer
Flor do cerrado, rosa da China
Pobre menina da beira do cais
Entre as mulheres que você se imagina
Eu me perdi dez mil anos atrás