Inverno de 2015
A culpa enche meus pulmões de ar
Eu pulo de todo edifício sem saber voar
Digo pros meus amigos que não vou colar, dessa vez
Mas são dez horas da noite e eu não sei
O que você me fez
Eu encontro conforto
Em jogos antigos de computador
Vejo meu avô deitado
Sem conseguir mexer seus braços
Seus olhos confusos
Não conseguem reconhecer quem eu sou
Tem tantas coisas passando pela minha cabeça
Mas nada realmente vale pra justificar
Alguma coisa aconteceu naquela festa
E nada vai fazer isso mudar
Estou tão envergonhado
As pessoas vão parando de ficar do meu lado
Até quem eu mais precisava
E sei das suas obrigações
Mas eu queria ser a prioridade de alguém
Mas se bobear vai compensar
Assim eu tenho tempo de fazer minhas coisas