Dizem por aí
Que a voz do povo
Não se pode calar
Me diga, então,
Quem cala essa gente assim
Que, num suspiro,
Quase pode voar?
Tem malandro no meio da rua
Tem gente gritando à toa
Tem nego escondido entre outros marginais
Rolando por entre os becos
Maus dizeres nos lábios secos
Na boca daqueles que pensam saber mais
Talvez fosse só um menino
Perdido em meio ao destino
Talvez fosse apenas um vício a mais
Num poço sinistro e profundo
Fatal, hoje, mora no fundo
Descansa infinito e não volta jamais