Escurinha
Tu tem que ser minha
De qualquer maneira
Te dou meu boteco
Te dou meu barraco
Que eu tenho no Morro de Mangueira
Comigo não há embaraço
Vem que eu te faço meu amor
A rainha da escola de samba
Que teu nego é diretor
“...Escurinha”
Escurinha...
Quatro paredes de barro
Telhado de zinco
Assoalho no chão
Só tu, escurinha
É que está faltando
No meu barracão
Sai disso, bobinha
Só nessa cozinha levando a pior
Lá no morro eu te ponho no samba
Te ensino a ser bamba
Te faço a maior
Escurinha...
O escurinho era um escuro direitinho
Agora está com a mania de brigão
Parece praga de madrinha ou macumba de alguma escurinha
Que ele fez ingratidão
Saiu de cana ainda não faz uma semana
Já a mulher do Zé Pretinho carregou
Botou embaixo o tabuleiro da baiana
Porque pediu fiado e ela não fiou
Já foi no Morro da Formiga – procurar intriga
Já foi no Morro do Macaco – já bateu num bamba
Já foi no Morro dos Cabritos – procurar conflitos
Já foi no Morro do Pinto – acabar com o samba