Busquei tinta e pincel
Dei-me o mais azul do céu
E pintei um passarinho
Livre, belo, leve, solto
Sem gaiola, desenvolto
A voar rumo ao seu ninho
Fiz com que ele parasse
Então pedi-lhe que cantasse
Que me desse essa ventura
Quando enfim ele cantou
Uma pena se arrancou
E eu assinei minha pintura
Eu tambem sou passarinho
À procura de um ninho
Prá que eu possa cantar
Ir em busca do meu sonho
Mas tô preso, tô tristonho
Já desaprendi voar
Vem, te espero, vem contente
Abre a porta docemente
Da gaiola e da dor
Vem livrar-me dessa grade
E da tristeza que me invade
Faz de mim teu cantador