Da dança que vem de longe
Do índio e negro, a saudade
Se fez alma de pelotas
Num samba de liberdade
Pampas, lagos e mares
Cantos pra eternidade
Foi de lutas e azares
A história de verdade
Canto pelotas do sal, do açúcar, da dança, da escravidão
Da luta que luta por ser igual
Um samba que é negro e vem do coração
Do sal rachando os calcanhos
Cheiro de sangue e do berro
Nasceu de tempos antanhos
Samba de livre te quero!
Do grito clamor e festa
Que fez nascer a cidade
A voz do negro é o que resta
Num samba de liberdade
Canto pelotas do sal, do açúcar, da dança, da escravidão
Da luta que luta por ser igual
Um samba que é negro e vem do coração
Açúcar, sal, açoites
Gosto de sangue e aventura
Foi desde o ventre da noite
Pelotas ganhando altura
Escuta, meu amigo, escuta
Como o nosso povo luta
Pra fazer da vida a ginga mais vivida
Carregando a lida de fazer cidade
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