E nesse instante, não me reconheci
Cortejei a insanidade. Fiz dela minha realidade
Nas minhas paredes fechadas fiz o que me deu vontade
Mas de repente o sol nasceu
Eu quero meu gole da loucura em dose dupla
Desce pela garganta soltando minhas verdades ocultas
Meu livre-arbítrio sem rotina
Insano é quem faz o mesmo todo dia
E a luz do sol trouxe consigo a minha lucidez
E a clareza me encarou mais uma vez
Quando eu vi o portão aberto, todo escancarado
Eu me senti tão fraco
Eu me senti trancado
Eu não entendo a sanidade
Que nunca me abraçou
Agora vem e leva
Tudo o que me restou
Um lapso momentâneo de razão
Mostrou a tristeza e agonia de estar são
E ele sai por onde entrou
Já cansou de ouvir
As suas versões de salvação
Não preciso de um remédio
Que me faça acreditar
Que a minha história acabou
E a consciência morreu!
E ele sai por onde entrou
Já cansou de ouvir
As suas versões de salvação
Não preciso de um remédio
Que me faça acreditar
Que a minha história
... Acabou.