Por uns santos trinitários
Foi fundada esta abadia
Depois maçons libertários
Fizeram da noite o dia
Um eléctrico doente
De amarelo-sulfamidas
Avança com grandes dentes
E propósitos suicidas
Pela calçada sebenta
De gasolina barata
Pneumático e arrabenta
Um alfarrabista escapa
Ao som dos quatro elementos
Água terra fogo e ar
E velhos jornais cinzentos
Começam a navegar
Com a cultura nas velas
Um barril a estibordo
Com cotão nas entretelas
Velhas histórias a bordo
Aqui de quatro canecas
Dez reputações se fazem
É o espírito em cuecas
Que os terramotos arrasem
Como o que arrasou o Carmo
Benedictino e ogival
Desgraças, sabiás e fado:
Tremoços de Portugal
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