Sou sim
Inteiro, completo
Esculpido
O repertório humano
Imundo! Insano!
Gritam
Nem inteiro
Nem meio, nem fim
Homem ou mulher
Alfa, ômega
Uma drágea de malmequer
Repousa tudo aqui
O sexo, o orifício, o suicídio
Nem homem, nem mulher
Ó deusa, de todas as naturezas divinas
Dandara é a sina de milhões
Ó deusa, de todas as naturezas divinas
Vem cá reocupar o vazio que ocupa o meu coração
Sou meio de mim
A outra metade me arrancam
Violentam, estupram, sangram
Tapas, cuspes, desaforos
Nem homem, nem mulher!
A dualidade chata, humano burro
Sou sim
Imenso, sou tudo
Da estupidez, corro
Do binário, surto
Nem homem, nem mulher
Ó deusa, de todas as naturezas divinas
Dandara é a sina de milhões
Ó deusa, de todas as naturezas divinas
Vem cá reocupar o vazio que ocupa o meu coração