Na varanda do apartamento
Eu sento e penso e tento ver passar
Todo o meu tempo, o meu sofrimento
Que é bem pequeno se for comparar
Com o casamento que foi muito lento
Com a revista para decorar
(O) comportamento do fim de dezembro
Que também passa quem vai reparar?
Eu fico tão sem graça se o tempo passa por aqui
Durante o dia jura que tem pressa
Um passo a tempo de meio milhão
Engasga o riso, esconde
E atravessa uma rua longe, certo de outro não
Mas falta pouco, pouco, pouco mesmo
E o peso novo vai te derrubar
É proibido mais um contratempo
É proibido placa de parar
Que é só o começo
Eu sei que existe a motocicleta, o alimento, o som do mizão
O pára-quedas, o meu pensamento, o cata-ventos e o camaleão
Eu fico tão sem graça se o tempo passa por aqui
E se levasse cartas pro correio
Talvez achasse alguma diversão
Pelo caminho ou por qualquer mail
Que lá no centro é sempre promoção
Mas falta pouco, pouco, pouco mesmo
E o peso novo vai te derrubar
É proibido mais um contratempo
É proibida placa de parar
É só o começo
Meu brinquedo, meu brinquedo
Meu brinquedo desde cedo
Meu brinquedo desde cedo
É o nebulizador