Adeus campina da serra a paineira velha em flor o meu lindo pé de cedro no chão preto do interior.saudade de minha terra das cigarrinhas no calor me lembra a cabocla tereza que foi o meu primeiro amor.
Onde eu moro o que resta é uma triste lembrança o canoeiro meu velho amigo do meu tempo de criança.
Vinte anos já se foram também se foi a minha infância peço a porta do mundo não fechar minha esperança.
O chitãozinho e o xororó piando nas madrugadas sentindo o cheiro da relva eu percorria as envernadas.
A mágoa de boiadeiro é perder um boi na ribada deixando o rastro na areia no chão batido da estrada.
Quando a lua vem surgindo atrás do pé de ipê no colo da noite adormeço dormindo sonhei com você.
Minha querida garça branca que eu nunca vou esquecer este é o laço da saudade que me prende e faz sofrer.
Naquela terra tombada vinha o luar do sertão onde os primeiros pingos d'agua apagava a poeira do chão.
As andorinhas voltaram lá na serra a fazer verão o vai e vem do carreiro era a alegria do pai joão.
O menino da porteira vendo passar as boiadas ouvindo o chico mineiro tocando o berrante nas estradas.
Enquanto os três boiadeiros faziam sua última jornada só a lua é testemunha dessas histórias contadas.