O barco sem vela segue o rumo errante
No oceano das imagens e das palavras
Das ideias perdidas e das que não são mais lembradas
Os dias dançam na imensidão do infinito
Que o relógio não alcança
As pernas cansam
Tudo cansa
As pernas cansam
Tudo cansa
Mas o tempo segue
Aquém, alheio, além
Dos e se, talvezes e poréns
Das tempestades e da calmaria
Dos dissabores e da alegria
Segue o tempo alheio ao próprio vento
A quem não obedece o barco
Escravo da maré a seu contento
Por que não tem
Mas também não quer ter nenhuma vela
As pernas cansam!
Tudo cansa!
Os olhos fecham
E os dias dançam
Mas o tempo segue
Aquém, alheio, além
Dos e se, talvezes e poréns
Das tempestades e da calmaria
Dos dissabores e da alegria
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