Nem que eu vá buscar no inferno
Aonde a minha chaga aberta escondida está
Minha sanidade e minhas noias que me esganam
Quando eu tento parar pra respirar
Dor
Eu só sinto essa dor
Que a morte me reservou ao me levar pela mão
Meus olhos ressecados pela luz que vem de você
Que eu não consigo enxergar
E nem parar de me ver assim
Com meus tímpanos furados e saturados
Quando grita, ri ou chora
E me enrola com o seu sonoro "não"
A minha pele transparente
Hoje arde num degelo
Branco gelo fosco e feio
Ruindo
Incólume.