Quando se é tão jovem mais a vida envelhece ao seu redor...e essa dor é tão comum,que te faz esquecer de como respirar, é a voz da incerteza que sussurra aos ouvidos nas noites em claro, é o sonho recorrente do qual se tenta correr mas não se sai do lugar.
E nesta prisão não há paredes, não há algoz, somente o eco de todos os medos neste deserto de mim. Penso para absolver todos os meus erros, falo para esconder meus pensamentos, mas como respirar? E como respirar quando os pulmões se acostumam ao carvão? um urro de discórdia, o meu grito de vida em meio aos escombros da morada do meu ser, uma vida dividida em dois mundos e um mundo que não comporta duas vidas, Frente a esta situação eu sou o frágil e insistente punho cerrado contra essas paredes de concreto,é um estado de risco. Um vício, ou seja lá o que for, que persiste em me trazer de volta, ao medo que paralisa este corpo, ao ódio que envenena. Uma vida divida em dois mundos um mundo que não comporta duas vidas, é aquele dia que não termina a mais de dez anos, e rogo por dias melhores.