Ninguém cruza meu caminho, ninguém não pode me dar a mão
Ninguém vive no meu mundo, porque meu mundo é de solidão
Ninguém pisa onde eu piso porque não deixo rastro no chão
Não tenho destino certo, eu não tenho mágoa em meu coração
Sou eu o homem de pedra que o poeta já descreveu
Sou o silêncio que fala de um coração que tanto sofreu
Eu sou filho do passado e do presente recordação
Eu sou o homem de pedra imagem fria da solidão
Sou eu o dono da noite conheço o frio da madrugada
Sou boêmio sem saudade eu não tenho amor eu não tenho nada
Sou sentinela da lua que ilumina o céu azul
Eu sou o homem de pedra cantado em versos de norte a sul