No canto de um conto, na rua dos espelhos
Flores reclamam de aranhas que tecem
Com a mente, um estratége fios
Quando surgem do frio na neblina do cais
Três homenzinhos no espaço,que sugam o sol
Retalham a preza, jogam-lhe na mesa
Pondo no prato o coração solar
Sozinho e cortado, amarelo a pulsar
Num canto de oposto, na rua dos obscenos
Um mago acena, num silêncio que arde
Corta a noite num gesto de mãos
Quebra os espelhos e apaga a expressão.
Eu odeio esse bruxo entroso, de corpo esguia
Eu odeio sua mágica, seu amor de nada
Eu odeio seu jardineiro e a sua criada
Gritaram as flores todas pisadas
No canto do encanto, ajuntara-se por dois elos
Duas flores cresceram, bem mais que o escuro
Eis que, uma noite as duas irmãs
Lutaram com o mago e tomaram seu clã
E cortaram suas asas, tomaram os dons
Mentaram a noite, deram-lhe um tom
Aranhas belas, teceram fios de néon
E o homens no espaço, é o novo conde então
Mereceram um outro sol, pra tapar seu coração
Muitos querem saber, até que ponto
Um conto é somente um conto
Com aranhas e flores pisadas
Homens que ganham manhas cansadas
Ando vendo bruxos obscenas
Num feixe real de repetidas senas