Ante de clarear o dia, no meio da escuridão,
meu pai do rancho saía com sua enxada na mão.
Na sua simplicidade me dava grande lição:
- Meu fio, você estuda, Deus abençoa e ajuda,
as criança do sertão.
Numa escolinha da roça aprendi o bê-a-bá,
depoi deixei a paioça, vim pra cidade estudá.
O véio, com sacrifício, capinando cafezá,
pra pagá a facurdade passava necessidade
naquela zona rurá.
Na festa de formatura o véio pai me abraçou:
- Trate bem das criatura que precisa dum doutor,
cuidando da humanidade, os doente sofredor,
cumprindo vosso dever, e nunca deve esquecê
o filho do lavrador.
Afirmei o pensamento com meu diploma na mão,
naquele grande momento meu pai me deu a benção.
Eu fiz o meu juramento de cumprir esta missão,
amenizar a tristeza, e cuidando da pobreza
da cidade e do sertão.