Devastação - paisagem calcinada
Onde evapora o derradeiro choro
Onde a carcaça ri-se arregaçada
Em meio a pedras, fogo-fátuo e couro
Outrora chão, agora sumidouro
De ramas almas águas tudo nada
Ali só restam pássaros D'agouro
Em cada Frincha, em cada vão ossada
Devastação - e o anjo não assoma
As horas passam, o ar fica trancado
No fosso, na garganta, no epicentro
E os olhos carcomidos de glaucoma
Nem sabem se é o mundo devastado
Ou se é a vida definhando dentro
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