Canoeiro bravio nas águas
Pelos rios e matas terçãs
Delirante de amor entoava
Canto louco à formosa aldeã
D’água-doce uma prenda encantada
Lhe sorriu feito a bela cunhã
Envolvendo o tupi na emboscada
Que partiu foi morar com Tupã
Quando é noite de lua raiada
Do luar a paixão vira irmã
A cabocla se põe a chorar
Da saudade que sente e que há
Na agonia de um triste acauã
Quando ecoa dolente das matas
Voz que cala os guriatãs
Esse canto que rasga os breus
É de melancolia e adeus
Acauã é o tupi que assim renasceu
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