Tantos sonhos que o tempo guarda
Embalados pra presente fino
Tantos risos, frases derramadas
Muitos medos, tantos desatinos
Mas também quantos doces pecados
De mil noites, mil e uma luas
Nada muda o que foi conquistado
Nesse mundo
Construído a duas
Porque chove é que o frio veio
No calor em que minha alma arde
O princípio disso tudo é o meio
Nunca é tarde
Nunca é tarde
Na verdade aqui nesse universo
Nada importa, só a liberdade
De ouvir canções e fazer versos
Contar sonhos, remexer saudades
Há vestígios de poesia e medo
Há um baú cheio de raridades
Que aberto esconde seus segredos
Calmarias, ventos, tempestades
Sobre o céu não cabe quase nada
Que não seja toda claridade
Logo ali começa a nova estrada
Nunca é tarde
Nunca é tarde
Porque chove é que o frio veio
No calor em que minha alma arde
O princípio disso tudo é o meio
Nunca é tarde
Nunca é tarde