Pode ser novo milênio, mas a realidade é vil
Devia ser de todos esse feudo que é o Brasil
No sangue eu acredito, eu o vejo derramado
Como lágrimas sem terra, fertilizam o rebelado
A aristocracia agrária não tem argumentação
Explica a exclusão, a fome e a concentração
Com o cano de seus rifles de terror de suas milícias
O dinheiro do povo vai pro bolso ruralista
No campo o latifúndio e sua imensidão sem fim
Deixa muito, muito claro o capitalismo é ruim
A cerca não mais separa um conflito monstruoso
Um rico de um lado, do outro todo o povo
O fazendeiro ri daquela marcha camponesa
Riqueza improdutiva sua carta sobre a mesa
Chega de tanta fome pela agroexportação
Reforma agrária já e ao latifúndio não
Pra derrotar a fome e o seu pasto improdutivo
Por esses vastos campos, plantemos socialismo
Pra derrotar a fome e o seu pasto improdutivo
Por esses vastos campos, plantemos socialismo