Eu observo atônito o céu
A chuva quando cai, o Sol quando se vai
O vento que brisa soprando no meu rosto
Um gosto que não se desfaz, que não se desfaz
A lógica suprema da nossa natureza
A causa e a consequência, o antes e o depois
O homem vidrado na televisão
Cansado e dopado, não percebe não, não percebe não
Vê que nem tudo é sempre assim, tão natural
E que tudo apenas aparenta ser normal
As coisas que acontecem na tal sociedade
O pão e a padaria, o banco e o feijão
O novo dicionário, um novo jargão
O padre e a igreja, operário e patrão, operário e patrão