Não se iluda
Não deixe que o fel te destrua
Estão todos mortos
Mesmo sem achar os seus corpos
Se o meu cinismo te aborrece
O ceticismo não te desce
A malícia é excessiva
E a ironia pouco fina
A verdade é um artigo démodé
Não custa nada e não há filas
Só mentiras.
Rejeitando o conforto
Cutucando a certeza
Muitos morrem de desgosto
Só enxergam o que cega
A verdade é um artigo démodé
Não custa nada e não há filas
A verdade é ser quem lhe convêm
O espelho te mantêm refém
Invertendo os papéis
Enganando com honradez
O bom senso já não é mais bom
Ainda dá o tom
A verdade é ser quem lhe convêm
O espelho te mantêm refém
A verdade é um artigo démodé
Não custa nada e não há filas
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