Nildo
A criminalidade toma conta da população
Fazendo com que no gueto sempre escorra o sangue no chão
Ae se ligue que a vida do crime tem uma sina sinistra
Pra se ter o lado adiantado têm que colar na esquina
Com tudo bolado esquema armado pra enquadrar o vigia esvaziar o caixa da padaria
Só que no vacilo pode tomar um tiro e perder sua vida
Aí eu penso e não entendo será que pelo dinheiro vale a pena trocar tiro com a polícia
E se sobreviver o que vai restar pra você é uma cela gelada, fria
Vai apanhar a dor vai ser forte de forma nenhuma terá estia
E assim sua vida será marcada somente pela dor
Vão ser o seu terror
Depois de tudo isso vão te fazer assinar por crimes que não cometeu
Assaltos homicídios sua pena será muito dura vich vai ser só por Deus
Alan
Imagine sua mãe, sua mulher, filhos indo visitá-lo na detenção
Tomando enquadro sendo maltratados pelos gambés discípulos do cão
É assim que eles tratam parente de ladrão sendo pessoas de bem ou não
Espero que o tempo que você tire ai sirva de lição
E que assim você entenda que ir pro arrebento com arma na mão
Só vai trazer, fazer escorrer o seu próprio sangue no chão
Através de um trágico fim como vários daqui em mais um caixão
Outra mãe com aperto no coração que não se importa mais em viver
Que nas suas preces pede que Deus a leve da merda desse mundo cão que só têm dor e traição.
Refrão
Ai você que pro povo do gueto gosta de causar o terror
Hoje você mata amanhã pode sentir a dor
De levar rajada na madrugada
Não têm ideia
Vários tiros na testa, vários tiros na testa.
Alan
Até que ponto que será que o dinheiro é tão valioso
Pois otários acabam com a paz atrasando o lado dos outros
Os porcos de gravata contribuem com a negociação das drogas que vão pras favelas pro morro
E a nossa gente se afunda nessa merda adquirindo só o desgosto
Não se importando mais em viver só pensando em viajar
Pra esquecer as treta do lar mais assim a mente não vai aguentar
Me desespero vendo mais um fim vários daqui já morreram assim
De overdose acharam a morte após terem cavado seu próprio fim
Nildo
Mais isso é culpa da polícia que manipula os traficantes
Aceitando acerto pra eles venderem a morte na favela a todo instante
Muitos deles pai de família, precisam por no prato comida, pro seu filho ou pra sua filha
Essa é a real de muitos daqui, mais mesmo assim não justifica, pois nesse caminho sem alternativa uma par de moleque já perderam a vida
Mas ai traficante otário desse caminho nem seus filhos estão a salvo
Eles também podem ser o alvo
Qualquer um daqui pode encontrar o fim de forma de modo trágico
Pois nesse caminho o seu destino é ser um corpo desfigurado jogado no meio do mato
Alan
Pra você bandido o que eu te digo é pra ficar ligeiro com os sanguinários de farda cinza
Pois se vacilar vai ter que pagar com a sua própria vida
Porque o acerto vai ter um alto preço e com certeza vai ser muito tiro e muita correria
Fecham o cerco com o desejo de ver o seu sangue no chão da calçada da tia
E sua família vai ficar sozinha e no futuro vai ter luto eu já vejo a cena cruel
O seu filho seguindo o seu caminho se distanciando cada vez mais do céu engolindo o gosto amargo do fel.
Refrão
Ai você que pro povo do gueto gosta de causar o terror
Hoje você mata amanhã pode sentir a dor
De levar rajada na madrugada
Não têm ideia
Vários tiros na testa, vários tiros na testa.
Nildo
E na tela da nossa TV o que se vê é de comover
Um bandido otário que ainda insiste em se envolver
Com o crime e o dinheiro fácil não percebendo que está errado que esse caminho é pura ilusão
A fita do banco não vai dar certo uma par de mano metido a esperto fugiram com o sangue escorrendo no chão
Ninguém da favela voltou com a boa o crime só vai fazer sua coroa chorar ao lado de um caixão
Alan
Quem rouba e fica de boa é só os porcos do congresso
Acabando com o povo do gueto trazendo pra gente somente o regresso
Fico com ódio com sangue nos olhos só de pensar
Em quanta gente descarregaram o pente tipo o pai de família que sem alternativa partiu pra vida do crime no intuito de se levantar
Armou um sequestro enquadrou pro cativeiro levou um porco do congresso
Mas ai a polícia se agiliza porque a vida de quem tá em jogo é de alguém quem tem capital
Eu já prevejo a tragédia final
Medalha pro gambé herói que matou o pai de família do Capão Redondo
Que cometeu crime hediondo
Nildo
Segundo a mídia o homicídio foi por legítima defesa
Mas um contra um batalhão me deixa na mente a incerteza
Muito sangue escorreu pelo solo mais um bandido vítima do ódio
Que teve com sentença uma morte trágica essa é a idéia que na minha mente passa
E se os tiros foram dados para se defender
Como é que alguém me explica os hematomas que a gente vê
Esse favelado foi espancado, pelos fardados morto a sangue frio
Consequência da guerra civil do terror que ele mesmo causou
Então a mídia joga na tela a notícia que na periferia continua o caminho de dor prevalecendo somente o terror.
Refrão
Ai você que pro povo do gueto gosta de causar o terror
Hoje você mata amanhã pode sentir a dor
De levar rajada na madrugada
Não têm ideia
Vários tiros na testa, vários tiros na testa.