(Samuel Rosa/Chico Amaral)
Acar, no cais do porto
na estiva, na estiva
s vezes me sinto morto
A alma morta, a carne viva
Podiam me esquecer
tudo igual, todo dia
Disputas na estivagem
Viver de amor, calor e briga
Il Capo um bom selvagem
Empurra o fardo com a barriga
Podiam reconhecer
Algum mais fraco sucumbia
Mas eu aguento a carga do vapor
Sou calejado, sou estivador
As putas do porto partem
Na convulso dos dias quentes
Que voltem, que se fartem
Com meu coraozinho ardente
Podiam lembrar de mim
Algum sincero lembraria
Mas eu seguro a carga do vapor
Sou calejado, sou estivador.