Vamos falar da tempestade
Que cobre o teu mar
Tensão acumulada em rajadas
De lava feito vulcão
Da janela vejo o frio
Que envolve seu olhar
Portas fechadas
Um retorno a desilusão.
Matança e chacina pairam
Em fogo cruzado
A escassez de verba
Toma conta do sertão brasileiro
Enquanto eles suavizam em ar refrigerado
Mandando nossas riquezas
Para o povo estrangeiro.
- Não sei o que fazer?
- Não sei o que pensar?
- Não sei aonde o tempo...
-... Pode nos levar!
Em casa um menino
É espancado por seus pais
Na rua a solidão só sente
Quem nela viveu!
Rixas de família isso também
Já é demais...
Do planalto ao alto do morro...
Só seu corpo foi quem cresceu.
- Não sei o que fazer?
- Não sei o que pensar?
- Não sei aonde o tempo...
-... Pode nos levar!