Sou Zé Menino, catingueiro, bom de pinga
Virava mundo nos sertões do Ceará
Hoje tô cego, servi bem, mais calejado
Não me faço de rogado, canto pro povo dançá!
1984
Rapaziada, batam palma e arresponda
Não tenho medo da ronda, que ela hoje não vem cá
Rapaziada, batam palma e arresponda
Não tenho medo da ronda, que ela hoje não vem cá.
Bicho-do-mato, muito grato de nascença
Não bato continência nem pra militar
Nun dô conversa prá dotô metido a prosa
Que não sabe fazê glosa, mas que teima em doutorá!
(Repete II)
Vi cabra macho pulá muro, bem despido
Mulé casada, do marido duvidá
Moça solteira ficar prenha de repente
E depois dar de presente um borrego pra criá!
(Repete II)
Vi brasileiro botá banca de estrangeiro
Dando banquete, misturando o linguajar
Muito albusado, como todo bom garrote,
Eu logo soltei um mote, prus hómi si envergonhá!
(Repete II)
Já fui compadre do demônio Virgulino
Mas o destino me mandô pr'outro lugá
Vim pra cidade pra fazê ponto na praça
E contá caso de graça módi o povo se alegrá!
(Repete II 2x)
Contribuição de:
LAURO SOARES DE ALVARENGA
São José dos Campos - SP
"Na Ciência, Fé Eterna!"