Nessas poucas tardes de sol de abril
Ainda resplandece em tuas águas barrentas
O sorriso dos meninos
Que brincavam e aprenderam mais de si
Só aprendendo a te querer
Se eram noites de luar o céu próximo trazias
No reflexo dos astros
Onde a índia admirava o seu rosto entre as estrelas
Só tu sabes quantos anos tem a árvore sem nome
Que se curva sobre ti com seus galhos-trampolins
Desenhando tuas paisagens
Na memória de quem teve a certeza de voar
Nos braços do são joão aos olhos de ribamar
Resta ainda uma esperança
Ver-te um dia lumiar