Quando da brisa no açoite a flor da noite se acurvou
Fui encontra coma a Maróca meu amor
Eu senti n'alma um golpe duro
Quando ao muro lá no escuro
Meu olhar andou buscando a cara dela e não achou
Minha Maróca resolveu prá gosto seu me abandonar
Porque o fadista nunca sabe trabalhar
Isto é besteira pois da flor
Que brilha e cheira a noite inteira
Vem de´pois a fruta que dá gosto de saborear
Por causa dela sou um rapaz muito capaz de trabalhar
E todos os dias todas as noites capinar
Eu sei carpir porque minh'alma está arada e loteada
Capinada com as foiçadas desta luz do seu olhar