O céu se encheu de nuvens fugidas de uma oração
No ar do sertão já não nascia mais pé de feijão
Os pés sofridos iam lá fora pra ver sangrar
A chuva que caia do céu, gota a gota vinha o chão molhar
Passará quando o sertão virar mar e todo branco virar peixe
Só não posso esperar tanto assim
Ai de quem não viver pra poder ver
O homem trazendo a água
Matando a sede
Nesse dia todo verde vai surgir
Que coisa mais linda de se vê
Num mundo tão cruel
A fonte imaculada do céu
Trazendo a justiça divina
Enchendo o balde da menina
Que tem sede mais não tem lagrimas pra chorar